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Com estrutura para 9 milhões de toneladas por ano, falta de planejamento faz Norte-Sul explorar metade do potencial
Com estrutura para 9 milhões de toneladas por ano, falta de planejamento faz Norte-Sul explorar metade do potencial

Com estrutura para 9 milhões de toneladas por ano, falta de planejamento faz Norte-Sul explorar metade do potencial

Após 30 anos de fraude, superfaturamento, atrasos, desperdício e abandono, a espinha dorsal do transporte de cargas no Brasil não funciona como deveria. Porém, por excesso de capacidade. “A infraestrutura chegou primeiro, e agora é preciso fomentar a carga”, diz diretor de companhia.


No eixo da ferrovia Norte-Sul, os grãos representam 70% do volume transportado (Foto: Reprodução/VLI/Divulgação)
Sem planejamento devido, hoje em operação, a ferrovia Norte-Sul apresenta um problema sério. Não se trata, neste caso, dos 30 anos de fraude em licitações, superfaturamento, atrasos, desperdício e abandono.A falta de planejamento, no entanto, ainda faz com que a via, considerada a espinha dorsal do transporte de cargas no Brasil, não funcione como deveria. Mas, agora, por excesso de capacidade. Com estrutura pronta para até 9 milhões de toneladas por ano, ela tem conseguido explorar cerca da metade desse potencial: não há vias que levem a soja e o milho das principais regiões produtoras até a linha férrea.

As informações são da Folha de S.Paulo, que no domingo trouxe ampla reportagem sobre a ferrovia.

OS GARGALOS

Nas estimativas da Embrapa, resolvidos os gargalos de acesso, outro já terá se formado: os portos precisarão se preparar para aumentar sua capacidade em cerca de 15 milhões de toneladas, para dar vazão ao volume de exportações.

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Enquanto isso, a VLI procura alternativas próprias para “suar os ativos” que ligam Porto Nacional (TO) ao porto de Itaqui, em São Luís (MA) e consumiram R$ 1,7 bilhão em investimentos e, desde 2014, escoaram 11,7 milhões de toneladas de grãos.

“A infraestrutura chegou primeiro, e agora é preciso fomentar a carga”, diz Fabiano Lorenzi, diretor comercial e de novos negócios da companhia.

Um eixo foi a travessia de caminhões por balsa em Caseara, que começou a funcionar em abril deste ano.

Viagens que levavam 20 horas passaram a levar duas, e cerca de 1.200 bi-trens já pegaram a barcaça para chegar à ferrovia, elevando em até 7% o volume recebido do leste e nordeste do Mato Grosso e do sul do Pará.

INVESTIMENTO NO TOCANTINS

A empresa também faz “road shows” para atrair produtores até as proximidades da ferrovia. Um exemplo é a cooperativa Frísia (ex-Batavo), que em maio do ano passado decidiu abrir sua primeira unidade fora do Paraná, em Paraíso de Tocantins.

A expansão era necessária, diz Emerson Moura, superintendente da Frísia, porque não havia mais terrenos suficientes para absorver as novas gerações de cooperados. Três fatores embasaram a escolha por Tocantins: a logística (a presença da ferrovia e a posição central no país), o valor da terra (mais baixo que em outras regiões produtoras) e a fraca tradição cooperativista (que garantia boa oportunidade de negócios).

Desde então, mais de 30 cooperados se instalaram na região, ocupando 18 mil hectares e produzindo 54 mil toneladas de grãos.

O plano era chegar a 50 mil hectares em cinco anos, mas as expectativas foram superadas e a Frísia já decidiu duplicar sua unidade de armazenamento.

O agronegócio representa hoje 54% da receita da VLI, que planeja completar em 2019 seu plano de investimentos de R$ 9 bilhões. No eixo Norte-Sul, os grãos representam 70% do volume transportado. (Com informações da Folha de S.Paulo)

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