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Alta performance em Bovinocultura de Corte
Alta performance em Bovinocultura de Corte

Alta performance em Bovinocultura de Corte

Já foi o tempo em que só o tamanho do plantel era indicativo do sucesso na atividade. O sucesso do fazendeiro era medido pela quantidade de bois que ele tinha no pasto. Quanto maior o rebanho, certamente maior era a renda ou o lucro do pecuarista. Mas hoje essa não é uma verdade absoluta. O contrário, por sua vez, em boa parte das situações é verdadeiro: “quanto maior o rebanho maior o prejuízo”. Logicamente que a limitação imposta pela escala de produção ainda existe, e é mais apertada a cada dia. Mas atualmente, a questão central que define o sucesso ou fracasso na pecuária (na verdade em qualquer atividade econômica) é a performance, a eficiência do sistema.

Em momentos de crise e incertezas, como a que estamos atravessando, essa premissa se expressa com mais força. A crise não tem dó nem piedade, ela corta cabeças, elimina os ineficientes e favorece os eficientes, se é que existe algum favorecimento. No mundo empresarial, é o momento em que as empresas voltam para dentro de si e, em busca da eficiência, cortam o que precisa ser cortado, o que está sobrando, o que não está produzindo. E muito mais é exigido de quem fica. A produtividade tem que aumentar, a empresa tem que se manter, e muitos perdem o emprego. Se não for assim, a empresa como um todo também é eliminada, e aí ninguém se salva.

Na pecuária não é diferente. A eficiência é o tema central em todo o sistema, tanto na produção como na comercialização.
Mas esta não existe sem aquela, a produção é a base, se não houver o que vender não há como ser eficiente no todo. Na bovinocultura, a matriz produtiva do sistema, como o próprio nome já diz, é a matriz. A vaca é o ponto inicial de eficiência do rebanho, é ela quem gera os produtos que serão vendidos: bezerros, bois ou outras vacas. Dela depende a quantidade e a maior parte da qualidade do produto. Fazendo um paralelo com as empresas, nas fazendas somente as vacas eficientes têm permissão para ficar, e das que ficam é exigido o máximo de produtividade cabível.

Os pilares da produtividade em um rebanho são a reprodução, o ganho de peso e a sanidade. O objetivo principal do pecuarista é focar nestes pontos: as vacas têm de produzir o maior número de bezerros em sua vida útil, cada bezerro ou bezerra deve crescer e ganhar peso para que se tornem bois, que serão direcionados para o abate, ou novas vacas destinadas à reprodução, o mais rápido possível. E todo esse processo deve acontecer com um mínimo de incidência de doenças, o que comprometeria o desempenho de cada animal, além das perdas por mortes no plantel. Todo o sistema produtivo deve ter como objetivo a busca constante de melhoria destes pontos, logicamente sendo balizado pela viabilidade econômica, independente da tecnologia que se aplique.

Todo esse processo demanda informação. Não é possível transformar a realidade de forma controlada se não se conhece a situação atual e, muitas vezes, não se tem nem um objetivo a perseguir. Essa é a situação de muitos pecuaristas. Em mais de 20 anos de atuação nesta área, já tivemos inúmeros clientes, e conhecemos outros tantos pecuaristas, que não conheciam os indicadores de desempenho do rebanho. Muitas vezes havia um desequilíbrio financeiro da atividade, mas não se sabia o porquê. É um princípio básico da administração ter o controle de todas as informações. Só assim é possível saber exatamente onde agir e, posteriormente, comparar os resultados obtidos com os anteriores, averiguando se uma determinada tecnologia que tenha sido aplicada trouxe os benefícios esperados e foi viável economicamente.

Já presenciei inúmeros criadores que, por falta de informação, investem muito dinheiro na tentativa de equilibrar a situação econômica da atividade, mas não há uma clareza do que está errado e o que precisa ser mudado. Acabam investindo de forma errada, os resultados não vêm, a frustação sim.

Você conhece os números do seu rebanho?

  1. Sabe o intervalo entre partos de suas vacas?
  2. Qual a taxa de desmame de bezerros?
  3. Qual o peso médio dos bezerros ao desmame?
  4. Qual a taxa de mortalidade ou de incidência de doenças?
  5. Qual a idade média ao abate? O peso dos bois ao abate?
  6. O rendimento de carcaça?

Sabendo estas informações, já mediu qual o impacto delas no retorno econômico da bovinocultura na sua propriedade?

  • Em quanto você deseja melhorá-las nos próximos 3, 5 ou 10 anos?
  • Quais são as metas?
  • Quais medidas serão tomadas para alcança-las?

Veja que sem tudo isso estar bem definido a propriedade não tem um rumo certo.

Você ficará escutando palpites, procurando novas tecnologias sem um objetivo certo e, muitas vezes, tentando mexer em um aspecto que não precisa, deixando de lado outros muito mais urgentes. Tudo por falta de informação.

O objetivo deste artigo é discutir um pouco sobre cada um destes aspectos, os principais indicadores de desempenho que devem ser utilizados para avaliá-los e o impacto econômico que causam na pecuária. Além disso, abordaremos como produzir esta informação e utilizá-la na construção do seu “negócio pecuária” de forma que atenda aos seus anseios

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